quinta-feira, 26 de agosto de 2010

DESVIO DE FUNÇÃO ll: VAIDADE, AMOR E ÓDIO

Gd Santana – Estou voltando com esse texto “DESVIO DE FUNÇÃO:
VAIDADE, AMOR E ÓDIO” para vocês vocês releiam e vejam que eu não estava falando bobagens. Por tanto, continuem de olhos bem abertos. Devo acrescentar ainda que o maior interessado com a permanência dos colegas “desvio de função” é o Pedro, pois, ele está conseguindo o que almejava: comandar a guarda. E para concretizar o seu fanatismo ele precisa mais do que nunca desses companheiros que o obedece sem questionamento.

Foi dito por ele semana passada, numa carreata de Bebeto, antes mesmo de assumir o comando da guarda que logo voltaria às rondas da Central de Abastecimento do Malhado.  Ele quer ser polícia a todo custo. Quer de qualquer maneira fazer o trabalho de polícia sem qualificação, sem estrutura, sem respaldo das autoridades e ganhando um salário miserável.

Não se enganem. Ele quer é se aparecer. E o pior, a custa dos outros. É sem sombra de dúvidas, para quem sabe o que aconteceu durante o seu comando na guarda por duas vezes, tê-lo de volta ao comando dessa corporação.  Com todo respeito ao novo secretario Barreto, não é um bom começo.

Outra situação que chamo a atenção é para a manobra política. O Sindguarda e o Sinsepi está sendo usado para nos colocar como massa de manobra. Isso está dando nojo. Prestem atenção.


A verdade tem que ser dita, doa a quem doer. As pessoas devem assumir o que falam e o que fazem. Eu por exemplo, não tenho medo de assumir que sou o autor de denúncia contra o chefe da Guarda Municipal de Ilhéus, tendo até rolado inquérito policial, mas infelizmente, não surtiu o efeito que eu gostaria que tivesse.


Ao contrário do que muitos colegas falam, eu não denunciei a Guarda Municipal. A denúncia foi contra o chefe da guarda, o que é bem diferente. Na época da denúncia era o Pedro de Oliveira, hoje nosso representante no Sindicato dos Guardas Municipais do Estado da Bahia. E a denúncia dizia respeito ao pessoal recém chegado na Guarda Municipal (os chamados "desvios de função"), não para mandá-los de volta, pelo contrário, queria que eles ficassem, mas com uma conduta diferente da que o chefe da guarda estava lhes obrigando a ter.

O que digo agora, eu não dizia em público por alguns motivos: primeiro, porque eu tinha vergonha de expor a Guarda devido à situação em que se encontrava. Era uma situação parecida com a de hoje, sem estrutura e carência de aprendizado. Segundo, por questões de ética. E terceiro, embora muitos não acreditem, foi mesmo por questões de segurança minha e dos companheiros, principalmente dos que tiravam serviço na Central de Abastecimento do Malhado nos anos de 2005 até meados de 2007. Chegamos numa situação em que ficou perigoso andar ao lado do chefe da guarda que sofria ameaças até de traficantes.

O desvio de função está em toda a prefeitura. Em todas as secretarias existem funcionários oriundos de outra secretaria. Existe por exemplo, guarda que nunca vestiu farda e está à disposição de outro órgão fora da prefeitura. E não acredito que será resolvido nos próximos dez anos o desvio de função na prefeitura. Nenhum governo terá peito para fazê-lo.

Alguns ignorantes e outros “Maria vão com as outras” andam dizendo que sou o inimigo da Guarda. Mentira! Veja os companheiros que entraram para a Guarda recentemente através de concurso, com cinco ou seis meses de serviço e estivessem usando armas de fogo sem passar por um exame psicológico e sem um curso preparatório de tiro ao alvo?  No meu humilde entendimento, seria um perigo para quem estaria usando, para os colegas e para a população.

Pois então, lá em 2005, quando o nosso presidente do Sindguarda, que era também presidente da AGMI e também chefe da Guarda (gerente), que ele gostava de ser chamado de comandante, embora o comandante fosse o diretor. Ele teve uma “idéia brilhante” (na cabeça dele), de recrutar funcionários da secretaria de Serviços Urbanos para a Guarda. Queria ele montar um poder paralelo ao da Polícia Militar, fazendo policiamento ostensivo. Sem problema a Guarda Municipal executar esse tipo de serviço tendo uma estrutura para fazê-lo (mas não era o nosso caso). Teve alguns guardas antigos que aceitaram a idéia e outros que recusaram. Os que recusaram e ficaram quietos, não fedeu nem cheirou, mas os que fizeram críticas foram perseguidos piedosamente. Os “desvios de função” recém chegados, coitados! Esses se falassem alguma coisa poderiam retornar ao setor de origem imediatamente.

A empolgação na Central de Abastecimento do Malhado estava uma coisa de louco, era puro elogio para a Guarda Municipal. Sem nem mesmo um decreto foi trocada a farda oficial pela farda azul, as armas antes guardadas no cofre, foram colocadas em operação, mesmo as que estavam defeituosas. O comandante recebia elogios a todo instante e era um forte candidato ao poder legislativo nas próximas eleições. A sua vaidade não tinha limites.
Lembro-me que no primeiro mês de serviço muitos dos colegas recém chegados já portavam armas dada por ele, o chefe. Sem nunca ter usado uma antes.

Sinto-me envergonhado de citar aqui as barbeiradas que este moço fez na nossa corporação. Porque ele brada por aí que eu sou o inimigo da guarda? É justamente porque eu não aceitei fazer o que ele queria. Eu disse para ele que eu não era polícia, que eu não ganhava como polícia, que eu não tinha o preparo que tem a polícia e que não tinha a obrigação que tem a polícia.

Os companheiros que integram a Guarda, vindo de outras secretarias não têm culpa desta situação. Inclusive ele, que em meado de 2006 já era diretor do Sindguarda, apoiou a reeleição de Lú para presidente do Sinsepi, fazendo parte de uma chapa fantasma, ao mesmo tempo em que espalhava para os colegas que eu, candidato a presidente do Sinsepi, era inimigo da Guarda e que deveria dar o voto à Lú, pois este sim, apoiava um projeto que iria efetivar todos os desvio de função na Guarda.  O projeto existia, mas não foi adiante por conta da saída de Valderico.

A essa altura do campeonato os “desvios de função” já tinham se ambientado na Guarda, outros receosos, mas acreditando em dias melhores.

A ameaça de saída da corporação não deve ser responsabilizada a mim ou ao pessoal do último concurso. A responsabilidade é toda de quem os colocou na Guarda, e do atual governo que não convoca os restantes atuais concursados que estão a esperar por soluções do Ministério Público.

No período entre 2005 até meados 2007 aconteceram coisas mais que absurdas em nossa corporação, que daria um livro. Um pequeno relatório de três paginas foi entregue ao Ministério Público Federal e Estadual, a Câmara de Vereadores e a própria Prefeitura no início de 2007 por mim e outros companheiros que corajosamente fizemos mesmo sabendo que corríamos risco de morte. O ódio vive estampado na cara dele e de alguns mal informados.


Guarda Municipal - Santana - 21 de julho de 2010

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