quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eleições 2010 e o voto do Movimento Viva Brasil

Eleições 2010 e o voto do Movimento Viva Brasil



Antes de iniciarmos a exposição dos motivos que nos levaram à essa escolha, deixamos claro que não levamos em conta qualquer questão políco-partidário e/ou ideológica.
 

O segundo turno se aproxima. Até agora o Movimento Viva Brasil havia declarado que não apoiaria nenhum dos candidatos ao mais alto cargo executivo deste país. Com a “inesperada” vinda do segundo turno muita coisa mudou e não podemos mais nos eximir, lavar as mãos e deixar de dar uma resposta às ondas de mensagens que nos chegam com a pergunta que o país todo está, ou pelo menos deveria estar fazendo: Serra ou Dilma?

Ambos possuem um perfil desarmamentista, ambos em vários momentos de suas jornadas políticas enveredaram pelo discurso fácil e de lógica simplória do desarmamento.  Ambos possuem estreitas ligações com ONGs desarmamentistas, mas uma escolha deve ser feita, baseada exclusivamente em uma análise isenta de partidarismo ou ideologia.

Há muito mais o que ponderar para definir o que pode ser melhor para garantir nossos direitos individuais, entre eles à liberdade de expressão e o direito de possuir armas, direito esse, que como sabemos, foi garantido pelo referendo de 2005 pelo voto de quase 60 milhões de eleitores de todo o país, com votação recorde pela permanência desse  direito, votação essa que nenhum candidato teve até hoje na história.

Partido dos Trabalhadores já conseguiu maioria no Congresso Nacional, esse mesmo partido apresentou nos últimos 8 anos toda vontade do mundo em desarmar o cidadão. Em 2003, com o rolo compressor do governo, aprovaram o malfadado “Estatuto do Desarmamento” com isso criaram o recadastramento a cada três anos, proibiram o porte de armas, dificultaram e elitizaram a posse pacífica de armas de fogo. Embora saibamos que há dentro do partido pessoas que não são favoráveis ao desarmamento, não podem assim se manifestar, pois há uma posição partidária fechada sobre esse assunto, e quem assim não o fizer corre o risco de expulsão como ocorreu no caso dos dois deputados que se declararam contra o aborto.

Também não houve qualquer chance de diálogo sobre o assunto com a coordenação de campanha da candidata Dilma, nenhum sinal, por menor que fosse, de que haveria algum tipo de diálogo. Muito pelo contrário, o Ministério da Justiça fechou mais uma parceria com as ONGs desarmamentistas na semana que antecedeu a eleição do primeiro turno.

plano de governo da candidata Dilma é inteiramente baseado no assustador Plano Nacional de Direitos Humanos 3, que de humano só tem o nome, uma vez que agride e ameaça direitos basilares de uma democracia. E lá está o desarmamento! Em sua diretriz 13 propõe não só o desarmamento do cidadão honesto como também das empresas de segurança. Uma tentativa clara de dar ao Estado o monopólio da força e a história mostra que todos os países que assim o fizeram descambaram rapidamente para ditaduras.

O candidato José Serra, como já dissemos, é também adepto do desarmamento, porém há grandes diferenças. Durante o referendo de 2005 não foram poucos os membros do PSDB e do DEM que se colocaram contrários ao desarmamento, inclusive com manifestações públicas. Um destes membros, Xico Graziano, hoje é coordenador do Plano de Governo de José Serra e muito provavelmente assumira algum ministério. Este coordenador criou um sistema participativo onde pudemos externar nossa posição contrária ao desarmamento e nossa proposta é hoje a mais positivamente comentada, além de constar no relatório de atividades, que com certeza o candidato Serra teve acesso. Há que se destacar que também não há qualquer menção do assunto no Plano de Governo.

Dias depois da criação de nossa proposta e de sua enorme repercussão fomos convidados pela coordenação de campanha a apresentar pessoalmente nossa posição e o que queríamos exatamente. Explicamos que não queríamos nada, absolutamente nada, além do respeito ao voto popular no referendo de 2005. Não temos a menor pretensão de transformar o candidato Serra em um defensor do direito de possuir e portar armas legalmente, porém precisamos saber se haverá o respeito ao direito já conquistado pelo voto.

Em resumo, levando em conta apenas a questão do direito de possuir armas, tivemos que escolher entre a certeza da derrocada deste direito pela candidata Dilmaque com maioria no Congresso terá poder inclusive para modificar a constituição e RETIRAR NOSSO DIREITO ou a incerteza, porém com garantia de diálogo, gerada pelo candidato José Serra. Optamos por alguém que podemos dialogar, optamos por José Serra.

Não, não foi uma decisão nada fácil, que levou dias de intensas pesquisas, consultas, debates e muita, mais muita reflexão estratégica.

De qualquer forma, que fique muito claro, não daremos qualquer trégua para aqueles que querem nos desarmar, não nos tornaremos ovelhas em um país infestado de lobos e com o risco de ser o mais faminto deles o próprio Estado.

Não temos aqui a menor pretensão de escolher um candidato por ninguém, mas nos cabe a obrigação de fazermos essa análise. Decida o seu voto conscientemente.

SENDO ASSIM, PARA QUE FIQUE CLARO, NOSSA SUGESTÃO DE VOTO VAI PARA O CANDIDATO JOSÉ SERRA POR ENTENDERMOS QUE SERÁ O CANDIDATO ONDE TEREMOS CHANCE DE DIÁLOGO E RESPEITO.

Que Deus tenha nos iluminado para que essa seja a escolha correta.

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