sábado, 16 de abril de 2011

Execrável oportunismo na tragédia do Rio

Execrável oportunismo na tragédia do Rio

Não há como evitar a comoção pela ocorrência de fato tão grave como o de um assassinato de 12 crianças, marcando ainda, para sempre, as vidas de muitas pessoas que sobreviveram, crianças e adultos, pais e professores. Mas a loucura humana é imprevisível. Não se tratava, em nenhum momento, de um ataque com fundo político, ideológico, étnico ou religioso, como ocorrem em outras nações. Resta apenas reforçar a segurança nas escolas.
Há uma dificuldade muito grande de se lidar com a arma no Brasil, tanto pela falta de costume e conhecimento real de como se lida com uma, quanto pelas implicações feitas por desarmamentistas com suas incansáveis batalhas pelo desarmamento da população. E nisso, reside nosso protesto, esse oportunismo político, por um fato isolado em uma cidade conhecida como violenta, pelo menos até o presente momento, em face do banditismo e das drogas. Repetimos aqui: fato isolado em uma cidade.

O federalismo pressupõe que cada estado e até cada municípios deva possuir um alto grau de autonomia, com direito de adotar a medida que julgar cabível para cada caso, cada situação, cada circunstância, desafio ou cada oportunidade. E mesmo que uma cidade ou estado adotem uma medida que não esteja nas proibições principiológicas da Carta Maior – a Constituição do País – não significa que tal medida deva ser implementada em todo território nacional.

A volta com mais força do tema focado no desarmamento em todo o País reflete um inescrupuloso oportunismo, baseado nas infelicidades de tantas famílias ora enlutadas, típico de gente que ficou absolutamente cega até para os melhores princípios de ética. Em lugar nenhum do mundo civilizado o cidadão normal, dono de suas faculdades mentais, que seja possuidor de arma para a sua defesa pessoal e de sua família sai por aí atirando, matando pessoas. O fato aconteceu, como aconteceu nos EUA em algumas ocasiões, tal como ocorre com a queda de aviões, acidentes com automóveis ou mesmo assassinatos com facas. O que se poderia fazer? Proibir aviões, carros e facas só para ficar nestes exemplos?

Protestamos, pois, veementemente contra os inescrupulosos, insensatos e insensíveis agentes a serviço da exclusão de um direito humano legítimo – o da auto-defesa. Que respeitem o luto das famílias que acabaram de enterrar seus pequenos, junto com seus sonhos. Que respeitem, no mínimo, esse legítimo direito humano de chorar e rezar, pois suas ações, nesse momento, se comparam a dos abutres. Respeito é bom e todos gostam.

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