Morte de Guarda Municipal de Trânsito será investigada pela Delegacia de Homicídio de Natal
Ao invés das investigações sobre o assassinato do guarda municipal de trânsito Kleidnes Varela do Nascimento ficarem a cargo da 2ª Delegacia de Polícia de Parnamirim, situada na área onde ocorreu o crime, a apuração vai para a Delegacia de Homicídios (Dehom), em Natal. O delegado geral da Polícia Civil, Fábio Rogério Silva, confirmou, no fim da tarde de ontem, que o delegado Roberto Andrade vai ser o responsável pelas investigações da morte do “amarelinho”, atingido por quatro tiros disparados por um homem que saiu de dentro de um Celta prateado, de placa não identificada, no meio da tarde de sexta-feira, em Nova Parnamirim.
Aldair DantasFábio Rogério Silva evita revelar detalhes da investigação policial
Fábio Rogério Silva foi nomeado há apenas seis dias para titular da Degepol e disse que a decisão de indicar um delegado de Homicídios para investigar o assassinato do guarda municipal foi devido a repercussão do crime e pelo fato de também envolver um funcionário público que se encontrava trabalhando “e foi morto de forma brutal”. Pelas circunstância, segundo o delegado Fábio Silva, o crime “merece uma apuração imediata” e, como também se trata de um caso em que não se conhece a sua autoria, não existe prazo para a conclusão do inquérito: “Só existe prazo quando se sabe a autoria do crime”.
Num caso como esse, acrescentou o delegado, em que não se conhece a autoria do homicídio, “a prescrição é de 20 anos”. Mas, ele disse que, apesar da greve da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, o Estado de tudo fará para dar uma resposta à sociedade e à família da vitima “para que esse crime não fique na impunidade”.
Fábio Silva não quis adiantar como será o começo das investigações, porque ainda não tinha recebido o boletim de ocorrência (BO) registrado na Plantão da Zona Sul e também porque o delegado Roberto Andrade ainda não tinha, oficialmente, conhecimento do caso.
Para não atrapalhar as investigações, ele disse que também não podia adiantar nada: “Os criminosos acompanham tudo”. Porém, nos bastidores, o que se comenta é que a linha de investigação leva em conta, em primeiro lugar, uma denúncia que ele teria feito janeiro de 2001 sobre um esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
A suspeita é de que o crime tenha sido por vingança ou “queima de arquivo”, como se diz no jargão policial, pois a vítima teria sido convocada para ser ouvida como testemunha, ontem de manhã, no Fórum Miguel de Seabra Fagundes, em Lagoa Nova, na Zona Oeste de Natal.
* Da: Tribuna do Norte
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