Operação Esfinge: policiais vão responder por mortes
Além de terem sido presos por participação em roubos de cargas em Camacan, os policiais civis e militares presos durante a Operação Esfinge também responderão por pelo menos três assassinatos. Segundo a promotora Ediene Louzado, do grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais, depoimentos revelaram que os policiais mataram dois adolescentes e um jovem. “Eles fizeram da delegacia e da companhia de PM locais para cometer crimes e não combater”, explica a promotora, que passou o dia de ontem na cidade ouvindo testemunhas.
Ainda de acordo com a promotora, os dois adolescentes foram mortos após terem cometido um assalto a um estabelecimento comercial. “Eles entraram na casa dos meninos e os mataram, roubando em seguida a arma que foi usada no crime e o dinheiro roubado”, contou Ediene. A outra vítima dos policiais era irmão de um assaltante e, de acordo com testemunhas, foi assassinado para servir de exemplo.
Ontem, o delegado Jackson Silva e os investigadores Carlos Jorge Silva Góes, Clévison José Alves Rocha, Laílson Monteiro Lobo, Paulo César de Oliveira, Thales Santos Carvalho e João Oliveira Larcher (aposentado), além das escrivãs Carla Cristina Brito Félix e Tatiane Ribeiro Tanajura foram transferidos para a Corregedoria da Polícia Civil, em Salvador.
Já os PMs major José Silvério de Almeida Neto, sargento Lauro Antônio Oliveira Ferraz e os soldados Lúcio Lima Viana e Matheus Ferraz Costa também foram transferidos para a capital baiana e apresentados ao corregedor-geral da PM, coronel Marconi Calmon do Nascimento.
Os outros presos na operação – os empresários Edvan Ribeiro Santana, José Ivan Ribeiro Santana e José Siqueira Silva –, também estão detidos em Salvador. Com a prisão de quase todos os policiais da Delegacia de Camacan, a Chefia da Polícia Civil remanejou equipes de outras cidades para manter a unidade em funcionamento.
* Do: Blog Agravo
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