sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Marcha Nacional dos Vigilantes pressiona Câmara pela aprovação do projeto que garante adicional de risco de vida

Categoria luta por este direito há 20 anos

Escrito por: CUT-DF

Centenas de vigilantes vindos de todo o Brasil realizaram na terça-feira (25) a III Marcha Nacional da categoria. Os manifestantes se concentraram ainda pela manhã no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios, e, por volta das 15h30, desceram em marcha até o Congresso Nacional. Os vigilantes reivindicam a aprovação, ainda este ano, do projeto de lei 1033/2003, da deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que inclui a categoria no rol de trabalhadores que recebem adicional de risco de vida de 30% sobre os
salários.

“Nosso objetivo hoje é um só: conquistar a aprovação do adicional de risco de 30%, uma luta de 20 anos da categoria, contida no nosso primeiro estatuto, mas nunca alcançada. Esta marcha hoje, com a presença de todos vocês, é para provarmos que estamos unidos e que desta vez estamos prontos para vencer”, afirmou o deputado distrital Chico Vigilante (PT), que participou da manifestação.

Durante a marcha, as palavras de ordem ditas de cima do carro de som lembravam do risco cotidiano ao qual está submetida a categoria. “Vigilantes unidos jamais serão vencidos”, gritavam em coro os manifestantes. Já na Casa, os vigilantes ocuparam pacificamente a galeria e visitaram os gabinetes dos deputados pedindo apoio para a aprovação do PL.

Três medidas provisórias trancam a pauta da Câmara e impedem a votação do projeto de lei 10333/2003. “O presidente da Câmara, Marco Maia, colocou o projeto debaixo do braço e se comprometeu a votar o PL assim que a pauta for destrancada”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes e Prestadores de Serviços (CNTV-PS), José Boaventura.

Categoria unida
Com 61 anos de idade, José Pereira, vigilante há 23 anos, está firme na luta. Para participar da III Marcha dos Vigilantes, ele percorreu 1.875 Km, em mais de 19 horas de viagem, que separam Picos, no Piauí, da capital federal. “Sempre fui pra luta. Participo de tudo: de marcha, de greve. Já fui até preso”, conta.

Para seu José Pereira, o adicional de risco de vida de 30% é mais do que justo. “Vigilante trabalha em campo de guerra. A gente enfrenta mais bandido que a polícia”, afirma. Para ele, os parlamentares que votarem contra o PL 1033 não deverão mais ser eleitos.

Assim como José Pereira, pelo menos mais 1,5 mil vigilantes marcharam em Brasília. Nesta quinta-feira, dia 27, os vigilantes realizarão Conferência Nacional, que reunirá todos os sindicatos da categoria para, entre outros pontos, discutir a Campanha Salarial 2012.

Fonte: CUT

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