CANDIDATOS RECLAMAM DA DESORGANIZAÇÃO DE CONCURSO EM ILHÉUS
Desorganização, revolta e desinformação deixam candidatos na porta das escolas
Foto: Maurício Maron/JBO |
Desorganização. Revolta. Sentimento de abandono. Neste domingo (10), pela manhã, muitos candidatos chegaram ao local de provas do concurso público da Prefeitura de Ilhéus, sem que tivessem a exata noção do que estava acontecendo. As escolas estavam vazias. Os portões, fechados. Não havia, sequer, um funcionário da empresa ou da Prefeitura para informar os motivos.
Suspenso ontem à tarde depois que a Polícia Federal encontrou em mãos de um funcionário da empresa realizadora, gabaritos e provas que seriam aplicadas no dia seguinte, o concurso foi, pela quarta vez, transferido, agora, para 8 de maio. Mas muitos candidatos de outras cidades e até de Salvador já estavam à caminho de Ilhéus e só ficaram sabendo minutos antes do horário previsto para as provas que o concurso havia sido transferido mais uma vez.
Carlos Salatiel Mascarenhas, saiu sábado (09) à noite de Feira de Santana. “Olhei o site da empresa por volta das 23 horas e não havia absolutamente nenhuma informação a respeito do cancelamento”, garante. Ele disse que no cancelamento anterior ele chegou a ligar para a empresa SR para perguntar o que havia acontecido. “Eles me atenderam e me disseram um monte de desaforo e me mandaram ler a errata do edital. Cheguei a pedir desculpas pelo telefone”. Salatiel disse que fez um esforço enorme para estar em Ilhéus neste domingo. “Não voltarei mais”, afirmou.
Thaíse Santana saiu no sábado de Camamu, dormiu em Itabuna e hoje (domingo) cedo veio fazer o concurso. “Um absurdo não ter ninguém aqui para dar uma informação”, dizia revoltada na porta no Instituto Municipal de Ensino, centro de Ilhéus. Ela disse que irá fazer as provas no dia 8 de maio: "fazer eu vou. Mas que essas coisas deixam a gente desconfiada, isso deixa”. Reginaldo dos Santos é de Barro Preto. Chegou cedo para as provas e garante que a maioria dos que voltaram da porta vai ingressar na Justiça. Com lápis e caneta nas mãos, Oljaques Silva Soares, de Itabuna, considerou o concurso “uma bagunça”, antes de pegar carona numa moto e voltar pra casa.
* Matéria reproduzida do JBO
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